segunda-feira, outubro 10, 2022

Qual Papel? O Papel...

Num mundo que já é politicamente incorreto fazer coisas como beber água de uma garrafa de plástico, em virtude da preocupação ambiental, continuo diariamente a deparar-me com pequenas coisas que (ao contrário de beber água por uma garrafa de plástico) me deixam pasmado... uma delas prende-se com a cultura do "papel" para comprovar qualquer coisa que seja, nomeadamente pequenas transações comerciais. Se por um lado temos todo um cruzamento tecnológico de informação para efeitos fiscais, onde no limite o nosso histórico de atividade diário pode ser reconstruido para saber uma série de coisas que fazemos, desde onde e quando tomamos café, onde e quando almoçamos (no limite com quem), onde e quando compramos roupa, mercearias, etc., por outro lado continuamos a receber um papelinho sempre que pagamos algo. Em boa parte dos locais onde faço pagamentos indico logo à cabeça que não preciso de talão, ainda que isso na maioria dos casos vá dar ao mesmo porque quem atende o cliente do lado de lá opta por ignorar esta informação, ou simplesmente processa-a mentalmente tarde demais. Foi o caso na passada sexta-feira, quando em resposta ao simples pagamento de um café, recebi um talão que rivaliza com alguns rolos de papel higiénico disponíveis no mercado. A minha questão é: porquê? Na era dos pagamentos eletrónicos, das faturas eletrónicas, do mundo digital... porque raio temos de levar com um comprovativo do pagamento em papel, não solicitado, em que o desperdício é algo simplesmente gritante. No caso em particular, falamos de 45 cms de papel para registar o pagamento de um simples café. Meditemos.

1 comentário:

António Maria disse...

Papel esse, cuja impressão (térmica) ao fim de algum tempo desaparece... Se quiseres ou precisares conservar aquela informação, por qualquer motivo, convém fazer uma fotocópia...
Incongruências!
Beijinhos
Pai