domingo, janeiro 05, 2020

Rota dos Cubos de Gelo

Começado o ano de 2020 era tempo de... aproveitar o tempo, e fazermo-nos à estrada para aquela que (pelo menos para alguns) seria a primeira voltinha do ano, e já agora da década. Decidido a repetir a receita de 2019, em que nos fizemos à estrada naquele que talvez tenha sido o dia mais frio do ano para ir até à Serra da Estrela, desta vez o São Pedro deu-nos uma abébia com as temperaturas e permitiu fazer uma voltinha pela Serra de Aire com temperaturas mais "tropicais" quando comparadas com a edição anterior. Pontos de encontro: Galp do RALIS e convento de Mafra.

Em Mafra havia quem rezasse junto ao menino Jesus por motas de jeito, ou simplesmente que chegasse alguém que pagasse o café.



Em Lisboa, a malta também ia agrupando, com os atras(ad)os do costume... Burras bebidas e cafés tomados, seguimos em direção a Mafra.



Não fomos os últimos a chegar, pelo que continuava em aberto quem iria pagar cafés à malta. Mais uma vez a malta foi agrupando lentamente. Conversa para cá, conversa para lá, como ninguém se chegava à frente para pagar a porra dos cafés, seguimos caminho.



Feitas as primeiras curvinhas em direção a Torres Vedras, com o meu amigo e organizador Velasquez a indicar o caminho (e o seu apurado sentido de orientação que se iria desvanecer durante a tarde), foi altura da primeira paragem técnica, para fazer um bocado de fotossíntese e registar as primeiras medições de pilinhas do dia. A verdade é que neste grupo ninguém anda nada de jeito, por isso pelo menos a coisa estava equilibrada.



Enquanto a malta convivia um bocado, era tempo de uma reparação de berma de estrada. Rapidamente se percebeu que, tratando-se de uma MT, não havia remédio. Valeu pelo esforço.



Entre zonas de maior e menor neblina, seguiram-se as curvinhas do Bombarral que nunca desiludem, e a parte final do percurso da manhã em direção a Porto de Mós, sendo que pouco antes faríamos a paragem para o almoço no restaurante Estreia Tempero.



Mal estacionámos apareceu o Vindaloo que se veio juntar ao grupo para almoço e umas curvinhas na parte da tarde. O grupo estava assim completo com 11 motas! Mais um relambório de mentiras e medições de pilinhas e ninguém parecia interessado em entrar no restaurante... As senhoras lá nos lembraram que já eram horas de almoçar e que podíamos levar a conversa lá p'ra dentro. Assim fizemos.

O restaurante foi uma boa surpresa. Além da comida bem confecionada e em doses abundantes (frango no churrasco, coelho no churrasco, lombo recheado, bacalhau com natas, sobremesas, vinho, cerveja e coca-cola para os doentinhos), o preço no final faz-me pensar em repetir a visita (7,5 € por pessoa!). Houve quem ficasse fascinado por uma das empregadas que era detentora de uma simpatia extrema. Pelo menos saiu de lá com pensamentos pecaminosos que envolviam dar-lhe umas palmadas e tal... e entretanto, era novamente tempo de nos fazermos à estrada, que as burras esperavam-nos lá fora.

Depois do almoço farto e de mais meia dúzia de mentiras, as motas começavam a sussurrar-nos ao ouvido a dizer que chegava de balelas...



Era altura de nos embrenharmos um pouco mais na Serra de Aire e assim fizemos, percorrendo mais umas curvinhas, onde não podia faltar a passagem pelo Livramento. A partir desta zona (e apesar do bom traçado) as condições do piso nem sempre foram as melhores, mas ainda assim é um percurso que vale a pena fazer. Entretanto, mais uma paragem técnica, antes de seguirmos em direção a Rio Maior. Até na degustação da cevada houve quem medisse pilinhas. "Ah e tal, a minha média é maior que a tua mini!".





Após mais um momento de convívio, percorremos mais uns quilómetros em direção a Rio Maior, onde tencionávamos visitar as salinas. Por esta altura o nosso guia Velasquez tinha já perdido completamente o seu sentido de orientação. Após passarmos duas saídas para as salinas sem que tomasse nenhuma delas, resolvi ir até lá à frente espreitar para ver se ia a dormir... meia volta e tomado o caminho certo, nova paragem para mais um bocado de convívio.





Como havia malta que tinha parado para abastecer e chegou um par de minutos depois, providenciámos arrumador a assustar velhotas no meio da estrada.





As salinas de Rio Maior são uma paisagem invulgar e um espaço engraçado de se visitar. Chegámos a pensar organizar o almoço por ali, mas não se tendo proporcionado, é pelo menos um bom local para se parar e beber uma ginginha. Assim fizemos.



Acabou por ser um momento muito pouco "berdadeiro", quando demos por nós a beber ginja por um copo cor-de-rosa a dizer "Mariquinhas".



Bom tempo, boa companhia e boa estrada. Correu tudo pelo melhor e foi uma boa primeira volta do ano (e da década), a servir de aperitivo para muitas mais que (espero eu) se façam seguir. Um grande bem haja a todos com quem partilhei a estrada neste dia, e venha a próxima!

1 comentário:

mãe disse...

Como sempre, estas tuas viagens, até parece que me fazem saudades a mim, que nunca andei nestas andanças. Mas com o teu bom humor, a maneira como descreves tudo o que vives nestas viagens, têm esse efeito em mim. Obrigada filho
Beijinhos
mãe