quinta-feira, maio 08, 2014

Pai Outra Vez

Passados alguns dias do nascimento do meu segundo filho, chegou a altura de escrever algo sobre o assunto. É certo que não coloquei por aqui qualquer pré-aviso deste acontecimento, mas agora que aconteceu é o mais real possível. Uma nova pessoa existe, está aqui, vive comigo e faz parte de mim. Já nasceu com personalidade, tal como o irmão. E espero que a mantenha, tal como o irmão, com todo o trabalho e dedicação que isso significa, mas que vale a pena. Enquanto pai e pessoa, sinto que estou diferente. Curiosamente e apesar de me sentir mais cansado do que esperaria, sinto-me mais apto a levar a cabo esta tarefa, pela segunda vez. Na realidade a primeira e a segunda vez misturam-se, porque nenhuma das duas acabou nem tem fim. Até isso é bom. Numa situação de menos paciência com o Pedro (de 2 semanas) o Alexandre (de 4 anos) prontamente interviu em sua defesa com um "não achas que devias ter mais paciência com o Pedro?". É também o detentor da voz que mais chama a atenção do Pedro, talvez pelas horas a fio em que o tagarela conversou com a barriga da mãe. Da mesma forma, sente mais a minha falta, e ocasionalmente chama-me durante a noite para me deitar um pouco a seu lado (o que faço sempre sem hesitação). Também subtilmente, durante o dia, vai "requisitando" mais amiúde atenção (que tento sempre dar). Acho sinceramente que a balança está equilibrada para ele, e que tudo vai correr bem para ambos. São 1h30 da manhã, e depois de tentar adormecer o Pedro durante cerca de 2 horas (sem sucesso), chegou a hora de este mamar, o que fez. Não oiço ruídos vindos do quarto onde a mãe, com mais sucesso e jeito natural do que o que tenho, o adormeceu sem problemas. Após estas linhas, vou-me deitar a seu lado e esperar que em poucas horas a rotina recomece, para que esta semente já transformada em planta possa crescer para se tornar uma árvore frondosa. Boa noite a todos.

3 comentários:

Mãe disse...

É como dizes. A tarefa de ser pai (ou mãe) é para toda a vida.
Como bom pai que és, vais conseguir ser bem sucedido.
Beijinho grande da mãe

Marco disse...

Sinceramente não sei se sou bom nem mau... mas sou o que lhes (Alex & Pedro) calhou! :) O tempo o dirá!

ACCM disse...

A "tarefa" de ser pai é uma eterna aprendizagem que nunca se conclui. Julgo que, apesar de toda a independência que possamos desejar aos nossos filhos para que possam singrar de acordo com as suas ambições, tem a ver com a sensação de continuidade de nós próprios o sentimento de protecção e preocupação por tudo quanto lhes acontece e/ou lhes pode acontecer. Também por "muito crescidos" que possam ser, nunca deixam de ser os nossos meninos (ou meninas), com grande sofrimento nosso sempre que sofrem mas também com grandes alegrias pelas suas vitórias e pelos seus sucessos.
Beijinhos
Pai