Hoje tive a oportunidade de ler alguns artigos distintos sobre a dificuldade que as pessoas hoje em dia têm em concentrar-se. Artigos bastante diferentes na forma e no conteúdo, mas que abordam este tema tão real nos dias de hoje. Escrevo este post na primeira pessoa, no que diz respeito a esta situação, já que sinto diariamente que não tenho o foco e a concentração que deveria ter, nas mais variadas áreas da minha vida, quer pessoal quer profissional. Quantos de nós conseguem prestar a devida atenção nos momentos certos, relativamente às pessoas e aos acontecimentos que deveriam ser o mais importante? Posso dar alguns exemplos de pequenas atitudes que tenho vindo mentalmente a trabalhar de forma a conseguir "melhorar-me" neste aspeto. Quando estou a conversar com alguém, em casa, num restaurante ou num café, evito colocar o telemóvel em cima da mesa. Quantos de nós não têm este hábito nos dias de hoje? Se o telemóvel tocar, mesmo que optemos por não o atender, já fomos vítimas de uma distração. Ah, já agora, o meu está sempre no silêncio. Quando estou em casa, com a família ou amigos, a televisão não passa mais nada a não ser canais de música. Quantas vezes as pessoas focam muito mais a sua atenção no que está a dar na televisão, do que nas pessoas com quem estão a almoçar ou jantar? E mesmo quando estamos a conversar com alguém, quantas vezes estamos realmente a ouvir em vez de estar simplesmente à espera da nossa vez para falar? Quando vou a conduzir, tento (neste caso particular com menos sucesso) evitar usar ou ter ao alcance o meu telemóvel. No pior cenário opto por usar um auricular ou mãos livres, mas é sempre uma distração. E afinal de contas, enquanto estamos a conduzir, o que é mais importante? Conduzir ou atender uma chamada? Ando também a tentar educar-me para só aceder a redes sociais em determinadas alturas (este também com menos sucesso), em vez de passar o dia a "espreitar" o que se passa. Na maior parte das vezes, não se passa absolutamente nada, mas perde-se à mesma tempo a ver lixo e informação completamente irrelevante. Estes são só alguns exemplos, mas de certeza que quem ler este texto se vai identificar e provavelmente lembrar de uns quantos outros que aqui deveriam estar. A mensagem é clara, devemos todos recuperar o foco que o excesso de informação com que somos bombardeados diariamente, nos fez perder. A dispersão é amiga da distração e consequentemente inimiga da concentração. E a concentração e foco são aquilo que nos permite chegar onde quer que queiramos chegar.
terça-feira, outubro 14, 2014
Keep Walking...
Hoje em dia vejo muito pouca e cada vez menos televisão. Sinto que é uma coisa boa. Tirando alguma animação para a pequenada, o canal mais visto cá por casa é o VH1. Mas confesso que hoje regressei a um vício televisivo que tenho, e que consiste na série Walking Dead. Sempre que manifesto este meu "gosto" por esta série, a maioria da malta que me conhece solta alguns comentários relativos à parte da "tripalhada" da referida série. No entanto, e apesar de o tema serem mortos-vivos, na realidade o que mais admiro é a parte que tenta evidenciar a natureza humana e a diferença de comportamentos entre pessoas. Acho fascinante considerar um cenário de um mundo pós-apocalíptico em que de alguma forma (e apesar de tudo aquilo de mau que a parte do "apocalíptico" representa) se remove o "ruído de fundo" e se torna possível focar nas questões importantes, como a simples sobrevivência e a preservação de nós próprios e de quem nos é mais querido. Acho interessante imaginar um cenário em que as banalidades e frugalidades desaparecem de cena, e as personagens só tem de se preocupar com o básico e o fundamental. E depois imagino o quão bom seria se nós conseguíssemos funcionar assim, sem ter de passar por um cenário apocalíptico. O quão bom seria valorizarmos o que nos é mais querido e importante, sem termos de esperar pelo dia ou pela hora em que o perdemos. Tal como disse, sou fã incondicional desta série, desde o primeiro minuto do primeiro episódio da primeira temporada. Não consigo deixar de a ver. E posso afirmar a qualquer pessoa que apesar de quaisquer preconceitos que tenham, esta série, se vista com olhos de ver, é muito mais sobre os vivos do que sobre os mortos...
segunda-feira, outubro 13, 2014
Preso por Ter Cão...
... e por não ter. Já diz o ditado. Quando tantas famílias vivem hoje em dia à sombra de um fantasma de uma crise que não percebem (eu pelo menos não percebo), em relação à qual são julgadas e dadas como culpadas, e sobre a qual vêm ser aplicada uma fatura que cresce dia após dia onde quer que se possa imaginar, eis senão quando temos um primeiro-ministro que vem a público culpar novamente essas mesmas famílias. Se no primeiro momento, a "culpa" assentava sobre "gastos excessivos", sobre "viver acima das posses"... afinal agora o problema é que as pessoas "gastaram menos do que deviam". Aparentemente essas pessoas, perante um cenário financeiro quase apocalíptico fizeram algo que ninguém poderia imaginar: começaram a poupar. E ironia das ironias, essa mesma poupança (oposta ao motivo inicial do fim do mundo enquanto o conhecemos) tornou-se agora inimiga da recuperação económica do país. O mais engraçado é que efetivamente, nas pessoas, no dia-a-dia, na forma como as coisas acontecem, começaram a notar-se diferenças. Diferenças essas fomentadas por discursos de uma classe política a que, apesar do descrédito e da falta de confiança, foram dados (alguns) ouvidos. E para quê? Para agora se repetir o discurso da culpa, sobre os culpados do costume. Eu já deixei de ouvir há muito tempo, porque para mim os culpados do costume são outros. E são os mesmos há muitos e longos anos. Quando oiço falar em culpa, a única coisa que me ocorre é vê-los a todos com o pescoço numa guilhotina. E só quando estivessem todos decapitados, se poderia apenas começar a falar em justiça, porque muito faltaria para ser compensado.
Nota: a ler aqui notícia relacionada do DN.
Nota: a ler aqui notícia relacionada do DN.
domingo, outubro 12, 2014
O Fracasso de Um País
Um país que não potencia, nem sequer valoriza, a educação da sua população, é um país destinado ao fracasso. Os erros cometidos ano após ano ao longo de décadas, em quase tudo o que diz respeito ao sistema de ensino a todos os níveis, são já o motivo da iliteracia a que a classe estudante e a juventude dos dias de hoje está votada. Sei que esta minha frase soa a velho, mas efetivamente sinto-me priveligiado por me poder distanciar deste escalão etário social, já que aquilo que vejo e conheço é tudo menos promissor. Basta ouvir as conversas de quem admira e segue personagens de reality shows e outros géneros televisivos, basta ver as capas das revistas cor-de-rosa que enaltecem pessoas frustradas, fúteis e acéfalas elevando-as ao estatuto de exemplos para as gerações vindouras, basta ouvir e ler aquilo que se diz e escreve em contexto pessoal ou profissional, e percebe-se rapidamente que estamos perante um país de analfabetos e pessoas mal formadas... cada vez mais. Não posso evitar pegar no chavão recente que constata a inscrição de 40 mil jovens nas universidades a nível nacional, contra os cerca de 100 mil jovens inscritos na casa dos "degredos". É um chavão, mas é assustador. Uma pessoa licenciada não é mais do que uma não licenciada. Uma pessoa analfabeta pode ser sábia. O problema é quando não se tem absolutamente nada. Quando se assiste ao desenvolvimento de seres sem qualquer tipo de conteúdo... só forma. Espero realmente que os problemas no sistema de ensino se agravem rapidamente e de uma vez por todas, para que a situação bata no fundo. Talvez aí se possa recomeçar do zero. Talvez daqui a uma dezena de anos possamos ter novamente cidadãos dignos desse nome. Perdoem-me a generalização todos aqueles que fogem à regra e se recusam fazer parte do rebanho. Tal como eu disse, isto é apenas uma generalização, que como todas as generalizações pode ser injusta para alguns.
sábado, outubro 11, 2014
Por Vezes
Por vezes fecho os olhos e transporto-me para outro lugar. Por vezes imagino que não estou onde estou. Quando o que é parece demais, imagino-me no meio de uma qualquer recordação boa. Algo tão simples quanto o sol quente de um dia de verão a bater-me no rosto, enquanto respiro uma brisa marítima. Algo tão simples como uma manhã fria a contrastar com o calor de uma cama preenchida pelos corpos de duas pessoas. Algo tão simples como o som de uma música que se ouve pela primeira vez e que nunca mais se esquece. Algo tão simples como a primeira vez que se visita um local tão magnífico que fica gravado para sempre na nossa retina. Por vezes o que é agora é demais, ou então a menos. E sentimos que podia ser outra coisa. E pode ser. Basta fechar os olhos e transportarmo-nos para outro lugar. E aí o outro lugar passa a ser o lugar do agora. E isso é bom. E isso é melhor. Espero aprender a transformar o melhor no passado, presente e futuro, para que possa sempre sentir-me assim.
sexta-feira, outubro 10, 2014
Boa Pergunta...
O que é que andamos cá a fazer? Esta é "A" pergunta. E a resposta a esta pergunta é o que define o nosso propósito de vida. O que me faz pensar mais é que não consigo claramente identificar o meu. Sei que faço muita coisa, sei que faço coisas que gosto e outras nem por isso. Mas não sei descrever "aquilo" que fui feito para fazer. Algo suficientemente importante para fazer parte de mim... para ajudar a descrever aquilo que sou. Esta é uma busca que comecei recentemente a fazer. E só recentemente porque simplesmente acho que nunca tinha pensado muito nisso. Mas gostava de chegar la. E acredito que vou chegar lá. Já agora... se alguém estiver a ler isto e tiver uma opinião sobre a matéria (leia-se, sobre mim e o que entendem ser o meu propósito de vida), comentários e opiniões são mais que bem vindas.
quinta-feira, outubro 09, 2014
Tempo Para Mim

terça-feira, outubro 07, 2014
As Coisas Mais Simples
Aproveitando o tempo que tenho estado em casa, durante a licença parental pelo nascimento do meu filho Pedro, tenho feito muita coisa para além de tratar dele. Tenho feito alguma introspeção (sempre que posso, que não é muito frequentemente), tenho tentado resolver alguns "grilos" meus e tenho aproveitado para passar mais tempo também com o meu outro filho Alex. Esta tem sido de todas as minhas atividades, uma das mais senão a mais compensadora. É visível o efeito positivo e a alegria que consigo trazer ao puto só por estar mais tempo com ele, estar mais disponível para ele e para fazer coisas em conjunto. Hoje foi dia de trabalhos de casa, dedicado aos animais. O objetivo era preparar uma apresentação para falar do que seria o seu animal de estimação favorito. Assim, depois de o ir buscar à escola, foi tempo de colocarmos juntos mãos à obra e o resultado foi o que se vê na foto. Um cão em cartão, com direito a trela, osso e até um cócó e respetivo saquinho (para não ficar no chão). Amanhã terá de apresentar o trabalho aos colegas, por isso telefonou ele próprio aos avós para virem cá a casa hoje depois do jantar, para ter oportunidade de treinar a apresentação. Foi um espetáculo. E depois só queria brincar com o cão! E anda a malta comprar brinquedos caríssimos, quando um bocado de cartão, tesouras, cola e canetas de feltro fazem tanto ou mais efeito... Boa sorte para amanhã, Alex!
segunda-feira, outubro 06, 2014
Falar
Por vezes não andamos bem. Os dias parecem uma contagem decrescente de horas até ao seu términe, para que chegue a noite, apenas para dormirmos e despertarmos para um novo dia que traz mais do mesmo. E andamos assim porque algo nos incomoda, e esse algo é tão importante para nós que é suficiente para estragar tudo o resto. Por isso... por vezes não andamos bem. Mas quase sempre cabe-nos a nós dar a volta a esse sentimento. Cabe-nos a nós contrariar os pensamentos que nos traem. Cabe-nos a nós colocar as coisas em perspetiva, e dar a volta por cima. Por vezes basta falar. Falar com alguém que nos compreenda ou falar com quem está no meio daquilo que nos faz sentir assim. Com ou sem culpa. Por isso... por vezes basta falar. Algo andava a incomodar-me. Algo fazia com que não estivesse bem. Falei. Hoje... estou melhor. :)
domingo, outubro 05, 2014
2 Meses Depois...
2 meses depois, desde a última vez que fiz um passeio de BTT, venci finalmente a inércia e voltei ao ataque. Com a ajuda e companhia de um amigo, é certo. A volta foi tranquila para não recomeçar muito à bruta, mas o fato é depois de cerca de 40 kms feitos fiquei pura e simplesmente com vontade de mais, e de regressar a outros percursos. Este teve mais alcatrão do que devia, e normalmente o que me faz sentir bem é andar no mato, a sentir o cheiro da vegetação, as brisas e diferenças de temperaturas, a dureza e aspereza dos diferentes pisos num só percurso. O contato com a natureza é sem dúvida algo que me recarrega como se de uma bateria me tratasse, mas esta volta, com muitos quilómetros a acompanhar o Tejo, já serviu para matar as saudades, e talvez ajudar a vencer a inércia para retomar com mais frequência esta atividade que me faz tão bem. Porque é que somos tão resistentes a vencer a inércia e levantar o rabo para fazermos aquilo que sabemos que nos faz bem, assim que nos dispomos a fazê-lo? Não tenho a resposta para esta questão, mas tenho a esperança de contrariar este sentimento e forma de estar. Cenas dos próximos capítulos serão por aqui reveladas...
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