Na
passada semana terminei uma formação corporativa que me foi proporcionada pela
empresa onde trabalho. O objetivo da formação não tinha nada de extraordinário.
Uma vertente comercial a trabalhar pela camada de gestão na qual me insiro. Mas
o último dia de formação foi diferente. Deixámos de falar daqueles temas
(aborrecidos para a maioria dos mortais) e falámos mais de nós próprios, da
nossa motivação e das nossas capacidades, ou da perceção que temos delas. Já
numa reta final, eis senão quando entram dois atletas de Taekwondo com umas
malas cheias de tábuas. Depois de algum contexto, é-nos dado a conhecer que
seríamos nós quem teria que partir as ditas tábuas… apenas com a nossa mão.
Escusado será dizer que naquele preciso momento toda a gente achou que aquilo
seria uma piada, e que tal não iria acontecer. O que é certo é que nos puseram
a todos, homens e mulheres, alguns de fato e gravata, a praticar como
deveríamos partir a tábua. A treinar o movimento, o grito que deveríamos dar a
acompanhar o movimento, a intenção. Poupando alguns detalhes no relato, o que é
certo é que quando o treino terminou, fomos todos chamados um a um, para partir
a nossa tábua. Alguns tiveram mais dificuldade, outros menos, mas o que é certo
é que todos conseguiram (incluindo eu - a minha tábua ficou conforme se pode
ver na foto). A moral desta história, é que (independentemente de termos mais
ou menos ajuda em determinadas situações) regra geral somos capazes de fazer
muito mais do que aquilo que acreditamos conseguir. Falando por mim
pessoalmente sinto isso na maioria do tempo. Sinto que o que faço não traz
muito valor acrescentado, mesmo que por vezes até me digam o contrário. Por
outro lado, em raras ocasiões que colocar as coisas em perspetiva, consigo
sentir orgulho de uma coisa ou outra. Mais do que aprender a partir tábuas, no
final daquele dia aprendi que tenho que trabalhar mais esta capacidade de me distanciar das minhas crenças e preconceitos, de ter mais confiança em mim próprio e nas minhas capacidades, e ter menos receio de me lançar para "fora de pé". Agora
que se aproxima a tradicional fase do ano profícua em resoluções, esta poderá
ser uma delas…
1 comentário:
Acredito que consegues fazer tudo o que te propões fazer e bem. Por isso vai sempre em frente e que no novo ano consigas realizar (se não poderem ser todos)pelo menos alguns dos teus sonhos.
Força e capacidade eu sei que tens.
Beijinhos da mãe
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