sexta-feira, março 27, 2009

Batemos no Fundo

Definitivamente batemos no fundo. Hoje de manhã, assim que cheguei ao trabalho, o meu computador pediu uma actualização do JRE (Java Runtime Environment), que para os leigos é aquela coisa que serve para correr a aplicação da entrega do IRS. Basicamente o meu espanto e constatação sobre o quão baixo conseguimos descer, foi que esta singela aplicação, fornecida gratuitamente pela Sun Microsystems, deu uma mensagem de erro muito particular durante a referida actualização. Parece que não posso fazer o download porque... estamos num país embargado! Reparem como é preciso descer baixo para que uma instituição que fornece software gratuitamente ao mundo inteiro, se recuse a fazê-lo a Portugal... Pergunto-me o que virá a seguir, chegando a temer que um dia destes nos fechem a Internet! Depois quem sabe virá o embargo à electricidade e brevemente estaremos na Idade das Trevas. E devo dizer que considero esta situação muito injusta, até porque em Portugal temos uma população com elevados conhecimentos a nível da informática. Ainda hoje por exemplo observei o CV de uma pessoa, que apesar de ter uma vasta carreira na profissão de recepcionista, abraça a tecnologia como se fosse um ursinho de peluche. Considerei particularmente admirável a destreza referida relativamente à utilização da célebre ferramenta da Microsoft... o Microsoft "Excess". Eu particularmente não conhecia, mas suponho que seja um "merdley" entre o Excel e o Access. De qualquer forma fiquei curioso... sou capaz de marcar uma entrevista só para descortinar este tema. Tem é que ser rápido, porque o embargo da Microsoft também deve estar a chegar...

quinta-feira, março 26, 2009

Raios e Coriscos!

Eu sei que pode parecer um pouco ridículo não passar por aqui para escrever há já algum tempo, e de repente quando volto é para falar do clima. Não consegui mesmo evitar... é mais forte do que eu! Porque é que não chove logo de uma vez por todas para acabarmos com isto. A minha cabeça parece que vai explodir, de tanto ouvir os boletins meteorológicos dia após dia a anunciar mau tempo. E já lá vai mais de uma semana, e o raio das intempéries nunca chegam. Ele é frentes frias vindas do Sul, chuva no Algarve, céu nublado, etc. Mas o que sei é que todos os dias tenho saído de casa com um dia radioso de sol e calor. Parece que os senhores da meteorologia estão a tentar fazer com que chova, apenas com a força do seu pensamento. Mas eu até percebo o dilema. Se agora finalmente ao fim de mais de uma semana calham a desistir e começam a anunciar bom tempo, e depois entretanto chove!? G'anda barraca que era... por isso o melhor é mesmo continuar a anunciar mau tempo, nem que seja até ao próximo Inverno. Ainda assim e por via das dúvidas, em simultâneo vão emitindo alertas para o risco de incêndio devido às temperaturas elevadas. É aquilo que se chama "uma no cravo outra na ferradura", mas mais vale prevenir do que remediar: assim, se fizer calor avisaram para os perigos, e se fizer mau tempo acertaram na "mouche" com as previsões. Enfim... acho que vou ver se uma daquelas ciganitas que andam por aí a ler a sina me consegue dizer que tempo vai fazer para o fim de semana...

domingo, março 15, 2009

Religioso ou Ridículo?

Religulous (uma espécie de aglutinação entre religioso e ridículo) é o mais recente filme-documentário dirigido por Larry Charles e escrito por Bill Maher, personalidades relacionadas com aquilo que melhor se faz ao nível de comédia (ex.: Seinfeld, Borat, stand up comedy, etc.). Este filme é uma espécie de "chamada às armas" por parte de Bill, no que diz respeito à "minoria" silenciosa (estatisticamente uma das "maiores minorias" de todas) das pessoas que não alinham em fanatismos e dogmas da religião como uma forma de conduzirem a sua vida. Basicamente, Bill permite-se a si próprio, durante este documentário, dialogar com representantes de várias religiões (e seitas), políticos, etc., e simplesmente questionar da forma mais clara e racional aquilo que defendem, sob um ponto de vista histórico e científico. Defende o principio básico que não precisa de uma religião que diga a alguém o que deve fazer, para que esse alguém possa assim fazer o que já é certo por convenções sociais e morais.





Para além de confirmarmos que os mais acérrimos e exaltados praticantes religiosos e defensores dogmáticos com que se depara são os mais desconhecedores de tudo o que é história e mesmo os fundamentos básicos da religião que praticam assim como de alguns princípios científicos básicos (e mais do que comprovados), descobrimos que existem verdadeiros lunáticos espalhados por esse mundo fora, que misturam aquilo que chamam de ciência ou política com religião e que se aproveitam de milhares de pessoas cuja ignorância é a única característica que as pode descrever. A política é, aliás, a área com maior interessem em colar-se a uma religião (veja-se que por este mundo fora a maior parte das guerras tem um fundamento religioso ainda hoje: os muçulmanos lutam pelo que o Corão lhes diz, os norte-americanos lutam por "Deus e pátria"). Bem vistas as coisas pouco mudou de há dois mil anos para cá... No entanto a referida "chamada às armas" não tem a ver com guerras. É feita no sentido em que, quem não acredita, deve dizê-lo ao mundo e deixar de compactuar com a miscigenação de ideologias. As pessoas não devem fugir ao medo e à incerteza de ter dúvidas compactuando com religiões e dogmas, mas devem sim ter a coragem de enfrentar essas dúvidas, questionar o que não compreendem e assumir de uma vez por todas que não podem saber tudo. Quando assumirmos que não temos a capacidade intelectual para compreender tudo o que nos rodeia, vamos deixar de ter a necessidade de acreditar em religiões e vamos finalmente poder evoluir e "salvar-nos" a nós próprios (em grande parte dos casos, de nós próprios) em vez de nos continuarmos a destruir, na esperança de que alguém (que não nós) nos venha salvar. Perdoem-me os meus amigos mais crentes por este discurso, mas eu pessoalmente cada vez me sinto encaixar mais na tal "minoria silenciosa".

terça-feira, março 10, 2009

Men's Night à Segunda

Finalmente o PJ lá se descoseu e proporcionou uma "men's night" à malta. Levei a minha malinha com o kit do Poker, mas não foi preciso porque passámos a noite a jogar King, para além de enfardar cacauetes, queijinho com pão e a mamar jolas. O petisco foi muito bom, mas esta sem dúvida não é a minha semana desportiva ou para qualquer tipo de jogos de sorte. Depois do 13º lugar ganho em Palmela, só me faltava levar uma tareia das mais capazes a jogar às cartas. A malta roeu a corda em relação ao Texas Hold'em, e acho que o facto de eu não saber jogar King funcionou um "pouco" contra mim... Ainda assim posso orgulhosamente afirmar que aguentei até ao fim e fui de todos o mais regular em termos de resultados: em quatro jogos consegui ser sempre o último! O nível de humilhação subia a cada vaza que levava (quando não era suposto levar nenhuma). Ainda assim não dei parte fraca, e lá continuei sentadinho até às três da matina, afogando as minhas mágoas em várias jolas bem fresquinhas, na tentativa de ficar inconsciente... mas não consegui. O meu sofrimento só acabou mesmo quando o PJ nos expulsou lá de casa. Acho que para a próxima men's night vou levar uns petiscos diferentes, talvez uns queijinhos à base de laxante. Eu posso perder na mesma, mas hão-de ficar todos a cagar fininho! A vingança é um prato que se serve frio...

domingo, março 08, 2009

Kikas Team

Afinal, ainda antes de eu próprio ter tempo para tomar a iniciativa de organizar uma brincadeira destas conforme tencionava, surgiu a oportunidade de participar novamente numa corridinha e dar umas aceleradelas. Desta feita a convite do meu amigo Bruno, fomos até ao Kartódromo Internacional de Palmela (gosto da grandiosidade do termo "Internacional" quando aplicado a um kartódromo), também conhecido por KIP. O meu amigo PO, apesar de gostar mais de correr para ganhar (ou pelo menos ter um bom resultado), lá aceitou fazer equipa comigo prescindindo assim automaticamente da parte do "ganhar". Assumindo com todo o espírito desportivo a outra parte do "participar" lá fizemos a sessão de treinos. O nível geral era claramente elevado, não se detectando a típica "carne para canhão" em lado nenhum (o que para mim não era nada animador). O peso e responsabilidade incutidos pelo nome que "alguém" fez o favor de atribuir à nossa equipa (os "Kick Ass", ou "Kikas" como nos chamaram no final), fazia-me de alguma forma sentir um alvo pronto a ser abalroado durante os 60 minutos da corrida. Ao organizar a grelha de partida, os meus piores receios confirmaram-se... partimos em último! Ainda assim a corrida correu melhor que os treinos, e consegui subir umas honrosas 5 posições durante a meia hora que me coube, chegando a fazer um também honroso tempo de 1m 09s por volta. Acho que não vou exibir muito a medalhita com um "13º" gravado... mas ainda assim sinto que vale sempre a pena entrar nestas brincadeiras. Para acabar o dia em beleza fomos rumo a Sesimbra, onde o Rodinhas foi o palco de uma sessão de enfardanço de marisco entre outras coisas. Resumindo... nem sempre precisamos ser os primeiros para nos sentirmos vitoriosos.

quarta-feira, março 04, 2009

Publicidade - Parte II

Na sequência deste post, a Susy teve a bondade de partilhar comigo mais uma pérola do marketing. Ainda dentro do âmbito da saúde, há que ser precavido em relação ao futuro. Assim sendo, para acautelar qualquer imprevisto como cancro, um AVC ou a necessidade de um transplante, toca mas é a fazer um seguro de 7,3 euros por mês (o pormenor dos ",3" é já por si interessante). Este anúncio foi para mim particularmente reconfortante, porque se há coisa que me preocupa no caso de ter cancro, um AVC, precisar de um transplante ou ter uma qualquer doença incurável, é ter em vida um seguro de saúde com este tipo de cobertura (até porque sendo qualquer destas doenças de fácil cura, as seguradoras são bem conhecidas pela sua capacidade de subitamente cancelarem seguros quando os segurados são afectados por um problema realmente grave). Ou seja, se tiver que morrer pelo menos vou dando o meu dinheiro ainda em vida a uma seguradora, para que não seja tudo papado pelas finanças ou por um cônjuge maléfico! Tenho de ver se existe algum seguro de saúde para o caso de eu ficar em coma, ou até mesmo um vegetal. Sim, porque se vou passar o resto da minha vida deitado a mijar-me e borrar-me todo, ao menos que tenha lençóis limpos para ir substituindo (mesmo que isso para mim seja absolutamente indiferente). Agora a sério: a sugestão desta acção de marketing é algo assustadora. Já imagino o anúncio televisivo tipo Melga-Mike: "Amigo, tens cancro, sida ou uma malina semelhante? Faz um seguro de saúde, já, aqui, num instante!" (repararam na rima?). Alguém que nos salve do claro e óbvio destino traçado para toda a humanidade...

terça-feira, março 03, 2009

Viagens...

Conjugando a minha vontade de voltar a viajar (já fui renovar o passaporte e tudo, mas isso é uma história para outro post...), e uma nova brincadeira que o meu amigo PO arranjou para o telemóvel, comecei a divertir-me com o Google Latitude. O Google Latitude é uma ferramenta muito interessante, daquelas que pode contribuir para a nossa total perca de privacidade e consequentemente liberdade, mas que permite dar a conhecer aos nossos amigos a nossa localização geográfica em qualquer instante, através do nosso telemóvel (reservando-se o Google o direito de fazer o que bem entender com essa mesma informação). No entanto rapidamente descobri que o meu telemóvel não suporta estas modernices (nem todos podem ter Blackberrys...) e como tal, resolvi brincar com a definição manual de localizações que a dita ferramenta também permite. Como ando com as tais ânsias de viajar, comecei a fazer pesquisas pela net de locais "interessantes", e o resultado foi emocionante, para além de ter o efeito de escangalhar umas quantas pessoas de tanto rir (sim, é verdade, eu disse "escangalhar" - amigo Bruno, perdoa-me). Comecei assim por divulgar a minha primeira localização para o mundo... a Foda. A Foda é uma terra muito bonita, no meio do deserto, que fica na Arábia Saudita. Estava-se muito bem na Foda, mas ainda assim, passado algum tempo fartei-me e resolvi seguir viagem. Para variar um pouco passei pela Bosta, na Hungria. Como não gostei muito de estar na Bosta (apesar de saber que devo lá voltar - é inevitável) não fiquei por lá muito tempo e continuei o meu caminho. Fiz assim uma paragem na Puta Que Pariu, no Brasil. Depois de estar algum tempo naquele local, resolvi passar logo de seguida pelo Pau Grande, uma outra terra do Brasil, com a qual me identifiquei bastante. Farto de estar em Pau Grande, resolvi ir até à Cona, uma terra muito agradável de se visitar, que fica na Eritreia. Quem também tiver o Google Latitude pode verificar que neste momento ainda me encontro por lá, e confesso que não sei quando volto a partir. Assim que tiver novidades, aviso! Mas para já parece-me que o céu é o limite!