terça-feira, fevereiro 26, 2008

Acontece aos Melhores

No que diz respeito a carros, entre os poucos que tive, confesso que por algumas más experiências ando sempre à espera da próxima vez que o bicho avarie. Uma vezes tenho tido alguma sorte, outras nem por isso. Mas o que é um facto, é que as avarias acontecem aos melhores. Hoje foi mais um dos dias em que tive de vir de carro para o trabalho. Mas o insólito do dia não se deu comigo. Comecei por apanhar um pouco mais de trânsito do que o habitual, e passados alguns minutos extra em relação ao previsto, percebi porquê. Estava um carro avariado na Avenida da República, junto ao Campo Pequeno. Até aqui tudo normal, não fosse a marca do veículo em questão ser... Ferrari! E nem sequer era dos clássicos, era novo! Não sou daquelas pessoas que ficam felizes com a desgraça alheia, mas confesso que me deu alguma vontade de rir ao passar com o meu "velhote" ao lado de um Ferrari praticamente novinho em folha (igual ao Scaglietti que aqui apresento)... avariado! Eu nem sabia que aquilo trazia triângulo! Mas parece-me bem, porque se as avarias têm que acontecer, ao menos que aconteçam a quem pode! Por isso aproveito esta ocasião para deixar um pedido aos fabricantes de automóveis: quanto mais topo de gama for, mais avarias deve ter!

sábado, fevereiro 23, 2008

Procura-se... Ponte!

Se o caríssimo leitor deste "estaminé" já alguma vez passou pela experiência de ter sido assaltado, o melhor mesmo é nunca ficar descansado. É porque hoje em dia tudo se rouba, até uma ponte de 4 toneladas. O insólito deu-se na República Checa, conforme noticiado no Portugal Diário. Trata (ou tratava-se, melhor dizendo) de uma ponte ferroviária, em ferro, que ligava duas cidades e... que desapareceu sem deixar rasto. Só foi dado o alarme pela empresa de segurança responsável quando se aperceberam de que a ponte... já não estava lá. Nem tão pouco sabem ao certo quando foi roubada, apenas indicando que terá sido entre Dezembro e Janeiro. Digamos que esta empresa de segurança, no mínimo, deixa um pouco a desejar. A chefe da polícia disse que "não se sabe se a ponte foi roubada para uso pessoal". Eu diria que não vejo grande utilidade pessoal para uma ponte ferroviária com 4 toneladas, mas isso é só a minha opinião. Espero que um dia não se lembrem de roubar a célebre Ponte Carlos! Na volta foi o Sr. Mário Lino que teve mais uma ideia brilhante para resolver o problema da terceira travessia sobre o Tejo. Será que isto está à venda no e-Bay? Tenho de lá ir dar uma espreitadela...

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Para os Olheiros

Andam para aí a contratar tantos coxos, quando na realidade podiam fazer um dois em um e contratar para uma qualquer equipa de futebol... um massagista! Aconteceu na Holanda, num jogo disputado entre o NEC e o De Treffers. Enquanto Jan Maas (o artista que podem ver no vídeo anexo) acabava de assistir um jogador perto da área da sua equipa (suponho que seja a sua), acabou por ter uma "pequena" intervenção no jogo em causa. Segundo as palavras do próprio, "não resistiu" e acabou por defender um golo de cabeça. Quem não gostou muito foram os jogadores adversários. Mas palavras para quê, vale mais ver o vídeo...



quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Movimento de Massas

Em dias como o de S. Valentim, surgem sempre uma dicotomia entre as pessoas que optam por celebrar a ocasião, e aquelas que defendem que a ocasião é, passo a expressão, como o Natal: quando o Homem quiser. Diz a segunda parte que a primeira se deixa levar pelas massas e pelo consumismo, uma vez que qualquer altura é boa para presentear, ter uma atenção ou fazer feliz de quem se gosta, não fazendo por isso sentido a existência de tal dia. Eu pessoalmente concordo com alguns destes argumentos, mas concordo também que não faz mal nenhum existir um dia específico em que essas atenções acontecem automaticamente e quase sem ser preciso pensar nisso. Até porque não é a existência desta data que inviabiliza que nos restantes dias do ano se aja da mesma forma. Por isso a minha sugestão para os mais rezingões é: deixem-se disso e alinhem nos "movimentos das massas" ainda que algo consumistas (não obrigatoriamente), mas que pelo menos são positivos.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Publicidade Mal Amanhada

Hoje quando cheguei a casa, tinha esta publicidade na minha caixa de correio. Será que isto é algum tipo de publicidade subliminar? Por outro lado, e uma vez que estou "vivinho da silva", poderá ser classificada como publicidade enganosa. Pelo menos houve um engano no público alvo. Se o objectivo for incentivar-me a "limpar o sebo" a alguém, também me parece publicidade sugestiva um pouco agressiva. Tenho de ver se falo com algum licenciado em marketing para tentar perceber melhor este cenário. De qualquer forma, pergunto-me se existe alguém que, ao contrário do que eu fiz, guarde este cartão para um dia mais tarde, quando for necessário. Digamos que não é propriamente daquelas coisas que se costume estar à espera, e para as quais guardamos estrategicamente um cartão para ter os contactos à mão de semear. Bem, mas pelo menos estão aqui por perto... e além disso têm flores naturais! Assumindo que a publicidade em questão possa ser dirigida a mim, isto seria tudo espectacular, não fosse o facto de eu me estar bem cagando para aquilo que me possa acontecer... depois de "quinar". Quero lá saber se vou para a cova com flores naturais, de "pechibeque" ou se vou ser "cromado"! E qual é a vantagem de ir para o estrangeiro, depois de morrer? Parece-me que estes senhores da funerária deviam rever melhor a sua campanha de marketing. Meditemos...

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Técnicas de Engate - Parte I

Atrevo-me a começar este post por um título que antecipa algo mais, porque são várias as vezes que apanho conversas de café/restaurante ao meu lado, que claramente são das mais puras técnicas de engate. Próximos episódios se adivinham, portanto. De qualquer forma ontem aconteceu-me precisamente isto. Um casalinho de "amigos", até já algo "entradotes" em termos de idade, com a mais pura conversa de engate. No entanto confesso que nem todas as técnicas a que assisto se coadunam com o que eu faria na mesma situação. Este era um desses casos em que claramente a técnica aplicada não seria uma boa aposta. Desta feita passava concretamente por (a senhora) descrever o seu antigo par ao mais íntimo pormenor, da forma mais escabrosa possível. A falta de nobreza do animal era inversamente proporcional à humildade da senhora e ao espírito de sacrifício com que se dedicou (supostamente) à relação. Como se o facto de alguém se deixar espezinhar, possa ser auguro de algo bom para outra relação a caminho. Basicamente é como se a senhora (que obviamente não pensava nisto por esta perspectiva) quisesse dar entender que pela sua capacidade sofredora e habilidade para ser maltratada fosse uma espécie de marketing a dizer "eu sou uma boa aposta para relações futuras". Provavelmente é... para gajos que gostem de arrear nas mulheres, por exemplo. Por seu lado o homem ia cumprindo a sua função, fazendo de bom ouvinte, provavelmente enquanto pensava quando é que estaria ultrapassada a fase do exorcismo para poderem passar à fase do galanteio, já independente de escárnio e maldizer de terceiros. Parece-me a mim que funciona melhor elogiar alguém do que denegrir outrém, mas isto é só a minha humilde opinião.

domingo, fevereiro 10, 2008

Encruzilhadas

Uma das coisas que gosto é de começar um dia sem o planear. É de sair de casa sem saber exactamente o que vai acontecer ou aquilo que vou fazer. Hoje foi um dia desses. Ou melhor, pensei em algo que acabei por desistir de fazer, e consequentemente... passei um dia ainda melhor. O fugir de uma multidão que nos espreita numa esquina, pode levar-nos a locais muito mais interessantes e igualmente mais esquecidos pela maioria das pessoas. Acho que a vida é isso mesmo, uma série de encruzilhadas que nos vão aparecendo pela frente, que nos podem levar a descobrir o melhor e o pior. Pobres daqueles que no entanto optam por não escolher nenhum dos caminhos e muitas vezes preferem voltar para trás. Vale mais "esbardalhar-me" contra um muro num beco sem saída, do que ficar por saber o que ali iria encontrar.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Ninguém se Faz

Uma das frases que sempre retive, daquelas que as nossas avós nos dizem quando somos pequenos, foi a para mim célebre "ninguém se faz". O contexto é o de que, quando se critica alguém pela sua aparência física, tal é incorrecto pois essa mesma aparência não terá sido escolhida pelo/a próprio/a (pudera!!!). De qualquer forma, julgo ser justo dizer que hoje em dia, a minha avó não poderia estar mais errada. Pelo facto de alguém nascer com um trombil de meter medo ao susto, ou de ter um rabo que parece um saco de levar pancada, actualmente tudo pode mudar. No entanto alguns casos existem em que, quem muda, até nem estava tão mal quanto isso. A esta altura já toda a gente sabe (pelo menos os gajos) que estou a falar da Luciana Abreu, ex-Floribela, actual Floriboazona. A menina andou durante os últimos tempos a fazer um "tuning" corporal e entre as várias mudanças colocou um par novo de airbags frontais, uma pintura nova à base de louro platinado e um tom dourado-solário na pele. O resultado obtido foi digno de reportagem fotográfica na FHM com forte probabilidade de aumento exponencial de vendas da actual edição. Até a Produções Fictícias já fez o seu trabalho de casa relativamente ao assunto! Eu pessoalmente devo dizer que quanto ao aspecto visual, "ah e tal, sim senhor". O que é esquisito é pensar naquele papel da coitadinha que sempre foi apanágio desta figura pública, e que agora claramente se perde para sempre. Com que lata é que uma jeitosa destas, pode pedir o que quer que seja às "fadinhas"? Com que legitimidade pode tentar sequer representar desgostos de amor quando ela própria deve levar resmas de gajos ao suicídio? Enfim, conforta-me pensar que atrás daquela produção toda, existe uma personalidade que pelo que consta não interessa a ninguém. Por isso ao primeiro "estou um pouco confusa" que escutasse, com aquele sotaque característico, o mais certo era desatar a fugir. Mas que esteticamente a coisa resultou... resultou, caraças!

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

1001 Formas de Bater no Ceguinho

Saíu hoje no Público a notícia de que Sócrates, na sua fase "pré-governo-suposto-engenheiro-técnico", assinou projectos que alegadamente não seriam da sua autoria. Obviamente que este confirma que os projectos são efectivamente todos da sua autoria (provavelmente mentindo com quantos dentes tem na boca). Foi feita uma investigação (algum jornalista mais desocupado...) em que se verificou que a letra nos projectos assinados pelo PM era na realidade de um colega de curso, que por ser funcionário da autarquia não podia assinar os mesmos. E foi assim exposta uma situação... absolutamente curriqueira do nosso país. As chamadas "assinaturas de favor" são uma realidade e toda gente sabe disso. No entanto esta notícia surgiu como um grande escândalo, classificando a situação como uma fraude legal (sim, eu sei que é). A mim isto parece-me tudo muito bonito e ao mesmo tempo muito desinteressante, sendo que se o que se pretende é "bater no ceguinho" (sem qualquer tipo de simpatia para com o senhor em questão), consigo imaginar pelo menos uma dúzia de formas e de temas muito mais importantes para o fazer. Depois da treta do "engenheiro técnico", só faltava mesmo o capítulo da "assinatura de favor". Qual será o próximo escândalo: "Sócrates vê TV Cabo à borla"? Não sei o que raio se ensina na escola aos jornalistas deste país, mas certamente não os ensinam a escrever Notícias com "N" maiúsculo.

Geração dos Duros

Ouvi hoje na Comercial que foram retirados vários produtos que se encontravam à venda nas farmácias, para combate do célebre piolho. Quem não se lembra das infestações ocasionais que aconteciam na escolinha? Ah... a nostalgia desses momentos em que só de ver alguém com "bicho" dava vontade de coçar. O motivo para a retirada destes produtos do mercado baseia-se na composição dos mesmos, nomeadamente na inclusão de produtos eventualmente cancerígenos. Entre o rol dos medicamentos encontrava-se nada mais nada menos que o mítico... Quitoso ("... elimina-os totalmente"). Sinceramente, não consigo imaginar como foi possível para a minha geração e anteriores sobreviver até aos dias de hoje. Com tantas coisas potencialmente perigosas pelas quais passávamos, só posso chegar à conclusão que sou um sobrevivente... um dos fortes... um dos duros! Andei de carro sem cinto de segurança obrigatório, não tive "ovinhos" (nem outro tipo de parafernália que só cabe em monovolumes) para me fazer transportar, andei na rua sem o acompanhamento de adultos, brinquei com bombinhas de carnaval, tive brinquedos feitos de metal e alguns deles até - imaginem - sem selo de aprovação da UE (até porque não havia UE sequer para homologar o que quer que fosse). Mas o importante é que sobrevivi, e graças a isso não fiquei nenhuma florzinha de estufa. Se tiver um dia descendentes, espero não ser daqueles pais paranóicos que não deixam os filhos fazer nada com medo que lhes aconteça alguma coisa. Efectivamente o risco existe, mas também é um facto que muitas vezes existe onde menos se espera, e não em coisas ou situações mais óbvias. Mas esta é só a minha opinião.