quinta-feira, agosto 31, 2006

Jogos de Guerra

Anda para aí uma discussão do caraças sobre a utilização de determinado tipo de armamento, como por exemplo bombas de fragmentação, no conflito entre o Líbano e Israel. Parece que a ONU considera "imoral" a utilização deste tipo de bomba. Ao que eu respondo: não será imoral a guerra em si? Considero hilariante que se tenham determinados tipos de preocupação, como se as guerras estivessem afectas por um conjunto de regras que ninguém pode quebrar. Se assim fosse a guerra em si deixava de existir, não? "Ah e tal... guerreiem à vontade mas nada de bombas de fragmentação...". A seguir seria: nada de granadas... nada de balas... até eventualmente chegarmos ao dia em que as guerras entre países seriam resolvidas à chapada. É como quem diz: matem-se, esfolem-se, mas não se "aleijem". Julgo que a ONU devia começar a organizar para aí uns campeonatos de bisca dos nove, para resolver os conflitos a nível mundial. Para aqueles países mais dependentes do capitalismo poderia ser com o Monopólio, enquanto que os países intermédios podiam recorrer ao Ludo. Depois arranjava-se um árbitro para fazer a chamada "manutenção de paz". Em vez do Kofi Annan, podiamos ter como líder da ONU o director da Majora para fornecer os melhores métodos para obter a paz. Eventualmente num futuro próximo a coisa até podia ser feita por computador (para já era complicado porque os países do terceiro mundo ainda estão em crescimento tecnológico). Enfim... estou confiante que da próxima vez que me aborrecer com alguém, a coisa se poderá resolver com um joguito, gritando eu "Bingo!" no final.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Automóveis Descartáveis

Nem só de coisas simples é feita uma carripana. Hoje à tarde lá tenho eu de ir com o meu carrito ao Sr. Doutor... Parece que até as "pandeiretas" têm coisas complicadas lá dentro. Acontece que existe uma qualquer deficiência genética inerente à parte eléctrica do veículo que teima em dar um ar da sua graça acendendo e apagando indicadores luminosos a seu belo prazer. Alguns deles têm uma resolução simples (indicada convenientemente no manual do utilizador) que sossega qualquer mente mais alarmada pelo facto de, por exemplo, uma luz com um carro e uma chave inglesa desenhada em cima se ter iluminado como se fosse a passagem de ano: "no caso deste indicador se acender, desligue o veículo e volte a ligar a ignição", ao que eu penso: "ainda falam dos computadores"... O problema foi que agora a irritante luzinha resolveu acender por períodos de tempo mais alargados. Como, segundo me informei, quando ela acender de vez provavelmente não conseguirei ligar o carro, tomei a decisão de tentar evitar que isso aconteça... e lá me vou preparar para gastar mais uma pipa de massa num "carrinho de linhas". É o facto de se conseguir gastar quantias de dinheiro consideráveis em carros de brincar que me demove de pensar em comprar carros a sério. Para quando os carros descartáveis, para pessoas menos pretensiosas e que precisam destes veículos para simplesmente ir do ponto A para o ponto B? Luzinhas acesas? Deita-se fora este e tira-se outro da embalagem!

terça-feira, agosto 29, 2006

G'anda Palhaço

Entre outras coisas que fiz nestas férias, acabei de ler alguns livros que tinha à minha espera, tal como já é meu costume (colocar a leitura em dia quando posso). Um dos que mais valeu a pena foi sem dúvida "Shalimar, O Palhaço" (um grande bem haja a quem mo ofereceu). Este livro de Salman Rusdhie é pura e simplesmente espectacular, numa viagem alucinante que parte dos dias de hoje, passando pela II Guerra Mundial, até aos conflitos de Caxemira. Rushdie é bastante conhecido como o autor britânico/indiano que escreveu "Versículos Satânicos", obra que lhe garantiu como "prémio" atribuído pela comunidade islâmica a "fatwa" ou pena de morte. Confesso que ainda não li o "Versículos", mas fiquei sem dúvida curioso após ler este livro. Admito que no início achei a história pouco apelativa e foi necessário alguma força de vontade para ir desbravando caminho por entre as páginas, mas subitamente sem nos apercebermos a(s) historia(s) ganha(m) forma e fazem-nos devorar o livro enquanto o diabo esfrega um olho. Tal como foi escrito pela crítica, é uma espécie de Tarantino em livro que não se pode perder. Recomendo a quem possa comprar e ler, porque vale realmente a pena.

Regresso

Já voltei do último (pequeno) período de férias que tinha reservado para este ano, há alguns dias atrás. Ainda assim só agora consegui reunir alguma energia para voltar às minhas lides de blogger. Como tal aqui fica a reentré com um post carregado de vontade de ter mais férias para descansar das férias que tive. Má ideia a de repartir o tempo de descanso em poucos dias de cada vez... ainda assim e apesar desses mesmos (supostos) períodos de descanso terem sido mais cansativos que alguns períodos de trabalho, valeu a pena... É a força que tem o facto de estar com as pessoas certas, nos locais certos, nos momentos certos e com a disposição adequada. Parece sempre que tudo vale a pena. Gostaria de fazer tudo outra vez e de ir aperfeiçoando a vivência das experiências já de si quase perfeitas de cada vez que as repetisse (se é que tal é possível). Enfim, regresso ao trabalho completamente "velho e gasto", mas ainda assim bastante feliz. Ah, falando da minha felicidade (apesar de algumas intempéries pelo meio que certamente serão ultrapassadas num futuro mais ou menos próximo) gostaria de deixar aqui um ânimo ao pessoal amigo (eles sabem quem são) que teve uns dias menos bons nos últimos tempos, e dizer que o que no dia de hoje pode parecer o fim do mundo, amanhã pode parecer o início de uma vida nova (e melhor). Vou acabar por aqui com a choradeira e melancolia porque nem sequer faz muito o meu género e voltar ao trabalho, pensando no prolongamento de sentimento de férias que vou transpor para o próximo fim de semana (há que enganar o cérebro para se viver melhor).

sexta-feira, agosto 18, 2006

Mais Vale... Nunca

Confesso que sou uma pessoa um pouco "anti-moda", que não costuma gostar de se deixar ir na onda das multidões. Por isso mesmo vejo as coisas um pouco fora de tempo também. Foi o que aconteceu com um filme que apenas consegui ver durante esta semana, já no conforto do meu lar, ao invés de uma qualquer sala de cinema. Nome do dito: Brokeback Mountain. Opinião final: bela "jorda". Raras vezes vi um filme tão mau. Gostava de poder perceber o porquê das nomeações de óscares. Será que agora se atribui este galardão cinematográfico meramente por questões sociais e por (receio de) discriminação? Estava mesmo à espera de algo diferente (também não sei bem dizer o quê... mas qualquer coisa que não aquilo) e não um filme parado, onde não vi o mínimo resquício do que alguns chamam de "uma bonita história de amor", mas sim umas cenas valentes de "quecas" entre dois cowboys. Foram duas horas de cenas deprimentes, sem qualquer articulação entre si, para um final ainda menos interessante. Peço desculpa por ser um "saloio" no que diz respeito a cinema, mas prefiro ver "spaghetti westerns" e comédias a filmes deste calibre. Volta John Wayne... volta Clint Eastwood... estais perdoados!

segunda-feira, agosto 14, 2006

Adeus Caparica de Agosto

Cá estou eu outra vez, ainda que por pouco tempo, a escrever qualquer coisita para manter o blog vivo durante o esquema de férias que montei este ano (a que gosto de chamar carinhosamente de "férias manta de retalhos"). O episódio que vou contar diz respeito a um rasgo de insanidade que tive durante a semana passada, que me levou a pensar ser aceitável ir um dia até à Caparica, durante o mês de Agosto (coisa que não fazia já há alguns anos). Rapidamente me apercebi da loucura que tinha cometido, quando ao sair de casa bastante cedo como quem vai trabalhar (ainda que estando de férias), fui brindado com o quádruplo do trânsito que se apanha em hora de ponta. Após algumas horas de viagem cheguei finalmente à Costa, onde tive direito a mais meia hora de fila à entrada da praia. Durante alguns momentos deste período de sofrimento atroz, estive a raiar os limites da loucura tal qual Michael Douglas em "Um Dia de Raiva", mas lá me aguentei e cheguei à água por volta das 11h30... No final do pouco tempo que estive na praia, e uma vez chegado a casa, meditei sobre o que tinha feito... e decidi não voltar a repetir tão cedo. Agarrei num saquito de roupa e parti um pouco sem rumo (mas com destino), acabando por ir parar a Melides, onde passei 3 dias espectaculares divididos sobretudo entre comer, dormir e praia. Abençoado Portugal pequenino onde ainda assim, se tivermos juízo e nos recusarmos a fazer parte do "rebanho", existe espaço para todos. Até para uns turistas "carochos" (IN Kabe Ludo) estrangeiros que por lá andavam armados em organizadores do Woodstock Melides 2006.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Top Of The Pops

Como já muito boa gente sabe, José Cid lançou um novo álbum. Apesar de considerar que nos últimos anos têm andado um pouco "excêntrico", particularmente desde a altura que resolveu tirar umas fotos ... digamos... "especiais", confesso-me fã do senhor. Nessa óptica venho aqui discordar de quem olha para o cantor como um palerma qualquer. Ele é, isso sim, um "g'anda maluco"! Hoje por exemplo vi que o disco dele ("Baladas da Minha Vida") entrou para o 6º lugar da tabela de tops nacionais. Lá vem o pessoal do contra com o sarcasmo e o gozo para com este senhor da música portuguesa... sem sequer repararem em quem está nos primeiros lugares. Passo a citar: 1º lugar vai para Floribela, 2º para FF e 3º para D'Zrt... é preciso dizer mais alguma coisa? Como é que depois deste "elevado" nível artístico no pódio ainda alguém tem a "lata" de criticar o José Cid? Já não há pachorra, isso sim, para tudo o resto. Quem me dera ter ido ver o José Cid no Maxim, ou assistido à apresentação do disco na FNAC com o Tozé Brito. Como não pude, em vez disso tenho direito a ser bombardeado (TV e rádio) com as tais musiquinhas da tanga do "top of the pops" nacional. Fosga-se! Assassinos contratados... se lerem este blog, agradeço contacto. Paga-se bem a quem cometer um atentado contra a personagem Floribela, de forma a acabar com o sofrimento de muitos como eu, que sem fazerem nada para a ver ou ouvir, acabam numa vez ou outra por ser obrigados a isso. Meditemos...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Grandes Malucas

Eu sei que hoje já tinha escrito qualquer coisita, mas em resultado de um blog que os meus caríssimos companheiros de trabalho me mostraram, resolvi não ficar por aqui... Temática escolhida: o chamado "putedo". O putedo é algo que prolifera nos dias de hoje. A inspiração parte dos meios de comunicação social, transformando ilustres desconhecidas que tiveram a (in)felicidade de nascer com o nível de "boosidade" elevado (que é como quem diz, "boas com'ó milho") em estrelas nacionais. É claro que se, para além de serem boas, lhes tirarem umas fotos como vieram ao mundo, ou mesmo com alguém a fazer-lhes cócegas na "patareca" (in Gato Fedorento), também ajuda (desculpem a brejeirice, mas é verdade). Gosto de chamar a estas senhoras, carinhosamente, "las putes". As "putes" existem por todo o lado, sendo que algumas nunca chegam a atingir o estrelato (mas tentam). A Internet é um bom veículo para tal. Ele é ver o "gajedo" a colocar fotos dignas da Gina em blogs, fotologs, hi5's e afins, acompanhados de comentários do mais estúpido que se pode encontrar, levando a crer que são umas grandes malucas, para além de clichés como "frase preferida: carpe diem", etc. As "putes" apesar de jeitosas são frequentemente aquilo que eu costumo designar por "feias como o pecado", sendo que algumas nem jeitosas chegam a ser. Ele é fotos a encolher a barriga, à media luz ou até de costas... tudo para fazer parecer aquilo que não se é: uma "pute" das mais capazes. Depois existem os predadores. Estes últimos percorrem tudo o que é site que possa conter imagens de "putes" e inundam os mesmos de comentários sensíveis como "tens uns olhos lindos" quando na realidade queriam dizer "arrebimbava-te o malho como nunca viste"... ou algo do género. Hoje fiquei de tal forma traumatizado com o HI5, um dos sites preferidos de algumas "putes" que de imediato eliminei uma conta que tinha e estou neste momento a tentar esquecer que alguma vez fiz parte deste submundo... não sei se vou conseguir, mas tenho de tentar... Pessoal respeitável, senhoras e senhores, façam o mesmo se ainda não o fizeram. Vá de retro, suas "putes"... Vá de retro...

Notícias Gastas

Quanto ao caríssimo leitor deste pasquim virtual, não sei, mas eu particularmente não vejo telejornais há mais de uma semana. Motivo, o mesmo de sempre... saturação. Atingi o meu limite "cerebral" no que diz respeito a capacidade de absorção de notícias de guerra e imagens de malta estropiada com as tripas de fora e a escorrer sangue. Basicamente não consigo entender porque é que algo como "20 Mísseis Líbaneses Matam 40 Israelitas", continua a ser uma notícia válida nos telejornais nacionais. Poderiam muito bem limitar-se a dar os resultados actuais em número de mortes, tipo: Israel 2534 - Líbano 1856, tal como num jogo de futebol. Até podia aparecer apenas no canto do ecrã, durante o telejornal, para não aborrecer muito! Mas não, todos os dias lá temos de gramar com hora e meia de "tripalhada" e só depois dão as notícias realmente importantes e interessantes, como o progresso das filmagens da Floribela ou dos Morangos com Açúcar. Além disso, toda a gente sabe que país do médio oriente, que quer ser país a sério, tem sempre de estar em guerra com alguém! É uma verdade comprovada historicamente, a começar e a acabar nas chamadas "guerras santas". Já agora, para quem não sabe, Hezbollah quer dizer "Partido de Deus" (ainda que a sua bandeira tenha uma AK-47 desenhada, que todos sabemos ser a arma que Deus escolheria para si próprio), por isso é natural que só pensem em dar porrada na malta de Israel, mesmo que isso implique também levar na corneta, porque "quem vai à guerra dá e leva". Só espero que os dois países se consigam aniquilar mutuamente depressa para ver se as televisões nacionais passam a dar filmes, séries e desenhos animados, que assim já não há pachorra...

quarta-feira, agosto 02, 2006

Lagostas em Terra

Como se pode observar pelas últimas tendências relativas à temática dos meus posts, as férias teimam em não me sair da cabeça... e assim, hoje lembrei-me de uma outra (nova) atracção das praias portuguesas que gostaria de partilhar: as "lagostas em terra". As lagostas em terra são uma espécie de seres acéfalos, que teimam em ignorar todos os avisos da comunicação social, protecção civil e afins, relativamente ao perigo da incidência do sol nos dias que correm. Antigamente utilizava-se muito a expressão "trabalhar para o bronze". Hoje só faz sentido algo como "trabalhar para a queimadura solar de 3º grau". Eu, que ainda assim abusava um bocadinho, estava na praia no máximo até às 11h... 11h e picos... e novamente ao final do dia. Mas ele era ver os "cromos escarlates", alguns acompanhados das suas crias (de pequenino é que se queima o pepino), todos a chegar na altura em que me ia embora. Isso sim, vale a pena. Nada melhor que meia dúzia de bolhas nas costas para um gajo se sentir um homem a sério. Sim, que essa paneleirice do protector solar é para meninas! Homem com pelos no peito não se importa de ficar bem passado, como se de uma fatia de entremeada se tratasse. Realmente às vezes dava vontade de despejar molho picante para cima! Mas as malucas não eram melhores. Depois é vê-las atar o biquini de todas as formas e feitios (que não aquela para a qual foi desenhado) de forma a "diversificar" a linda marca branca que realça o chamado "bronzeado à buraco do ozono". Enfim, este ano ninguém se pode queixar de falta de cor nas praias portuguesas. E viva o Benfica!